Inteligência Artificial na Psicologia: Confira o Posicionamento do CFP

CFP define diretrizes éticas para uso responsável da Inteligência Artificial na prática psicológica

24/07/2025 | Por: Rougmar Campos

Inteligência Artificial na Psicologia: Confira o Posicionamento do CFP

A tecnologia avança, mas a ética e o cuidado humano são insubstituíveis. O CFP reforça que a Inteligência Artificial na Psicologia deve ser usada com responsabilidade, sempre com supervisão crítica e respeito aos princípios da profissão.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) publicou, em 3 de julho de 2025, uma nota oficial sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na Psicologia. O documento não nega os avanços tecnológicos, mas alerta: IA só deve ser usada sob supervisão humana crítica, com foco em sigilo, prevenção de vieses e respeito à subjetividade, sempre alinhada à ética profissional.

A nota aborda:

  • Definição de IA como sistemas que simulam inteligência, sem compreensão real, baseados em algoritmos estatísticos.

  • Aplicações na Psicologia: automação de tarefas administrativas, transcrição de sessões, análise emocional, diagnósticos assistidos, além de uso em contextos organizacionais, educacionais e públicos.

  • Riscos éticos: vieses algorítmicos que replicam discriminações, fragilização do sigilo, perda do vínculo humano, respostas enganosas e perda de profundidade na escuta clínica.

  • Responsabilidade do profissional: avaliar criticamente cada ferramenta, garantir consentimento informado e proteger dados conforme a LGPD.

  • Formação e participação ativa: inclusão de conteúdo sobre IA na formação, criação de diretrizes em parceria com CRPs, promoção de debates transdisciplinares, envolvimento em políticas públicas e regulamentação.

O CFP reforça que psicólogas(os) devem exercer discernimento e supervisão constantes no uso de IA, defendendo sua integração responsável, crítica, ética e alinhada ao compromisso com os direitos humanos e a ciência.

Participe ativamente:

  • Estude e divulgue a nota entre colegas.

  • Exija debates e formação específica sobre IA nos espaços de ensino e CRPs.

  • Apoie iniciativas que visam regulamentar e monitorar o uso de IA na Psicologia.

Contribua para que a IA seja uma aliada da prática psicológica — responsável, qualificada e humanizada.